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Isto é Brasília

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Nos meses de abril, maio e junho algumas escolas rurais do DF receberão a visita do projeto "O Homem do Campo, seus utensílios, seus afazeres". O acervo da exposição, que propõe a valorização da cultura do homem do campo, esteve no CEF Pipiripau II, em Planaltina - DF e no monento encontra-se na Escola Classe Córrego do Arrozal, em Sobradinho-DF, onde estará aberto a visitação do dia 13/05 a 21/05 .




30 de abr. de 2010

Relato do professor Celso Caldeira Silva


Celso Caldeira Silva: O projeto "Homem do Campo, seus utensílios e seus afazeres" veio de encontro aos anseios de todos nós. Sua importância no contexto escolar foi contundente, haja vista nossa escola estar inserida em uma área rural.
O resgate da cultura do homem rural da região, através desta exposição, nos deixou saudosistas, uma vez que muitos de nós temos raízes camponesas.
Para nossos alunos foi como se fizéssemos uma viagem no tempo. Como professor acompanhei atentamente a reação dos nossos estudantes. Pude perceber o quanto eles ficaram empolgados. Participaram ativamente de todas as etapas do trabalhos desenvolvidos: desde a visita orientada à exposição até a realização das oficinas, onde muitos desconheciam os “modos de vida” do sertanejo, já outros, identificaram objetos ainda utilizados em suas casas, como lamparinas e outros.
Achei muito interessante o modo como o espaço da exposição foi montado. Antes do advento da energia elétrica, foi mostrada a forma como o homem do campo realizava suas tarefas: ferro à brasa para passar roupas, candeeiro abastecido com óleo de azeite de mamona, o monjolo para pilar os alimentos.
Com a exposição fomos remetidos a esta época, com muita riqueza de detalhes nos utensílios expostos. Pessoalmente, fiquei impressionado com os artefatos que vi, pois desde as construções, ferramentas, utensílios de casa, objetos utilizados na lida do dia a dia que fizeram parte do meu passado. Minha família é de origem rural e foi surpreendente reviver algumas histórias da minha vida.
O que faz o homem é o seu passado, a história dos nossos pais, dos nossos avôs/avós. E toda esta história foi revivida de uma forma muito interessante, o que nos faz orgulhar ao ver que mesmo diante de tantas dificuldades, a coragem, a determinação o trabalho árduo deles, nos deixaram um legado de sabedoria e humildade.
Eu sou o professor Celso Caldeira, graduado em Matemática e Biologia, trabalho na Secretaria de Educação do GDF há 20 anos e nunca tive oportunidade de vivenciar um projeto tão significativo, não só pela riqueza de detalhes, mas por ter verdadeiramente resgatado os valores dos nossos antepassados.

2 comentários:

  1. Fiquei muito emocionada com o depoimento do professor Celso Caldeira, de quem tive o privilégio de ser aluna. Ministrei cursos de História de Goiás e me senti gratificada em poder divulgar a história de minha gente. A iniciativa do projeto é um valioso instrumento para a manutenção e valorização da cultura sertaneja de nossa região, uma vez que o homem do campo corre o risco de aculturar-se pela proximidade com os grandes centros urbanos.

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